Quando se chega

Quando a gente chega
Numa terra estranha
Numa casa beira-estrada
Como tantas por aí
O cachorro avisa
A criança se esconde entre as pernas de seu pai
E não quer mais sair
“Dona por favor um pouco d’água
Pra lavar a poeirama que sou eu
Troco um nhaco de comida
Por histórias que o caminho já me deu”
E nos goles de cachaça
A cabeça já subiu
No velho trem
(O velho trem)
E lá vai palavras
Sobre companheiros de acolá além
Saltam do meu peito as pessoas
(quantos quentes corações)
Cores, alegrias
E em meu olhos todo brilho das paixões
Moça me desculpe, acho que falei demais
E a dona estrada está chamando novamente pelo meu pé
Moça, me perdoe, já vou indo
Mas eu volto qualquer dia, com certeza, quando der
Levo no tamanho desse braço
Novo laço, nó de aço, nova fé
Levo no tamanho desse braço
Uma história nova no meu peito
Adeus, inté