Letras e Músicas

Assum Preto

Tudo em vorta é só belezaCéu de abril e a mata em flôMas Assum Preto, cego dos óioNão vendo a luz ai canta de dô Talvez por ignorânciaOu maldades das pióFuraro os óio do Assum PretoPra ele assim, ai cantá mió Assum Preto vivi sortoMas num pode avuáMil vezes a sina de uma gaiolaDesde que […]

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Rabisco n’areia

Pobre maravilha santa belezaQue a pródiga mãe naturezaEm berço até quando calma, até quando calma nos concedeupobre esplendoroso sonho riquezaDe cabo a rabo grandezaEnvolta em diáfano véu que o curupirá comeuEntusiasmaste bravataDiamantes ouro e prataTrocados na taba tupiPor paetês lantejoulasBalangandans e missangasCangas, tangas, zangas, mangas pros lápis de sapotiDeita na rede e espera em vãoO

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Pois é, seu Zé

Ultimamente anda matando até cachorro a gritoE a platéia aplaudindo e pedindo bisNas refeições uma cachaça, às vezes, um palitoE a platéia aplaudindo e pedindo bisAndo tão mal que ando dando nó em pingo d’águaSó mato a sede quando choro um pouco a minha mágoaMas a platéia ainda aplaude e pede bisA platéia só deseja

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Uma família qualquer

A família SilvaUma família qualquer, de qualquer nortelestoeste lá bem no inte-rior(Homem, mulher, oito filho, terens)Foge da calma do campo, pesado silêncio, do ar que poluiTraçando um simples passeio (banal aventura)Segura visão de praia, coqueiros(Fonte de vida) A família SilvaUma família qualquer, de qualquer nortelestoeste lá bem no inte-rior(Homem, mulher, oito filho, terens)Bebe a beira

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Meu coração é um padeiro

No cenário mundial, entre outras milNo universo dentre as naçõesJá não é, sequer, apenas uma estrelaSendo bela quanto as mais belas constelaçõesTeu passado espelha bem tanta culturTeu presente mostra bem tanta farturaTeu futuro, não, eu nem posso comentar(A emoção me cala a voz do coração) Terra dos coqueirais e babaçuais(É claro!…)Terra dos cafezais e dos

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Piada Infeliz

Um samba acabadoUm corpo moídoO caldo entornadoUm frevo coalhadoO fogo apagandoO fim da partidaUm jogo jogadoNa ponta do punhal.O peito sangrandoAinda brincandoDiante da morteBrincando de morrer talvez tão sóMelhor que a desgraçaDo riso sem graçaMelhor que alegrar a rainha com sua piada infeliz

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É preciso

Minha mãe no tanque lavando roupa…Minha mãe na cozinha lavando louça…Lavando louçaLavanda roupaLevando a luta, catando um fadoAlegrando a labutaLabutar é preciso, menino, lutar é preciso, menino, lutar é precisoA bola correndo na pedras redondas da rua de São CarlosDeságua no asfalto do Largo do Estácio…e o menino atrás, oi láMais um menino atrásÔ Dina,

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Desesperadamente

Desesperadamente alegres no derradeiro risoBoca contorcida o esforço vão pelo sorriso abertoDesesperadamente calmos no derradeiro gestoPerna presa a meio passo (dança interrompida)No grito agudo em cada peito do fim da corda do relógioOs pares lentamente paramEstanca o som da festaSilêncio na programação geralAté que um dedo no painel centralDe novo aperte o botãoE os discos

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Insônia

Madrugada em meio, meia-luaVento assovia no telhadoVarre a poeira da ruaTempo batendo no peitoCorpo branco em cama friaVerdade é o lado abertoOlhar mais que despertoNa luz que cai na frestaE em prata enfeita a festaQue ecoa em cada cantoDa mente que flutuaRoda, rola, gira, voaCalor, vão, cama nuaCarinho, mão, do ladoEsse lençol geladoEsse lençol geladoE

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