walmar

O que importa?

E o que importaEssa dor do feito faca no peito?Um dia ela se estanca;E gente dá jeito Agora nas ruasSeguimosAmigos, criançasSem pedras na mãosCantandoA alegria, a forçaImensaDe um só coração E o que me importaEssa cor feito festa no peitoNinguém mais arrancaNinguém dá mais jeito CantaCanta Coração

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O caminho da roça

Eia vamos genteEia vamos povoEia eiaVamos cantar de novo Vivendo no escuroComo sempre vivePulando a fogueiraComo sempre pulaPisando na brasaComo sempre pisaEngolindo cobraComo sempre engole Eia vamos…etc. Vinho muito vinhoPra enganar a vidaRiso muito risoPreá esconder o prantoCanto muito cantoPra quebrar o encanto Eia vamos…etc. Suando na lutaComo sempre suaCaminho da roçaEia vamos láCaminho da

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Frutos

Pelos campos arei terreirosPés na lama plantei sementesPara os ditos tão justiceirosAi, Deus meu!Numa provei dos frutos das minhas mãosNunca provei dos frutos das minhas mãosAs cidades, minha canseiraConstruí com tijolo e sanguePara os ditos tão justiceirosAi, Deus meu!Nunca provei dos frutos das minha mãosE onde estão essa mãos que eu tanto canto?Por que não

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Festa e solidão

Hoje eu sei, eu aprendi, que a festa é a solidãoAndam juntas, dançam juntas, no mesmo salãoLado a lado, braço dado, a mão contra a mãoSe acarinham, amam, brincam num só coraçãoNum só coraçãoMeu coraçãoMeu coraçãoMeu coraçãoMeu grande coraçãoUm terreiro embandeirado, foguetes, fogueiraLua, lindo céu lavado, delírio, roleira,Fim de brasa, sombra a cinza, é borra,

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Teatro de revista

Ataca a orquestraPra lá já de frapêO tema de aberturaComeça o trê lê lêO fraque em frangalhosTirando no aluguelSem cerimônia, o mestreDerrama o seu papelE aí vem a rainhaDo estripetise(atroz)Que só revela ossosDa vida são seus nós E agora a vedeteA bela elizabeteA vamp que prometeMas não passa de um gilete E as bailarinas borboletas

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Festa

Sol vermelho é bonito de se verLua nova no alto que belezaCéu de azul bem limpinho é naturezaEm viso que dá muito de prazerMas o lindo pra mim é céu cinzentoCom carão entoando o seu refrãoRenuncio  que vem trazendo o alentoDa chegada da chuva no sertãoVer a terra rachada amolecendoA terra antes pobre enriquecendoO milho

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Meu segredo

Há muito tempoQue eu sei o que eu queroPreparo, planto, esperoReviro, viro, arreviro (virá) Há muito tempoQue saí por esse mundoMoleque tento o topeteDe qualquer barra encarar (sei lá) E quando cantoÉ um canto bem largadoQual um vaqueiro aboiandoO gado em pleno sertão E quando gritoÉ por que eu quero espaçoPois que não nasci por

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